Por Dan Cilva
Passamos por um corpo,
estava largado a beira
estava largado a beira
do mundo sonhando em ovos frágeis,
coloridas verdades íntimas,
destoando do mundo que se
encontra gritando por socorro.
Passamos sobre um corpo,
ignorando todos os nossos ancestrais e filhos.
Arrancando imediatamente o açúcar da vida,
bebendo coca diet, tendo depois que
adoçar aspartame cada momento solene e
por vezes o corpo se perde ao beber
com a própria boca e desespera por
apenas saber da boca dos outros corpos
o sabor da água fresca.
Soterramos mais um corpo
cada vez que arrancamos
a pele de nossas dores fundadas
da alma e as vestimos com falsos sorrisos,
inventadas conquistas.
Roubaram aquele corpo, onde está Amarildo?
Compraram um corpo.
Vedete vendida vã e vila das verdades violadas
por vícios velados no vazio.
Valorizaram as vestes e vociferaram verdades virtuais
em vereditos vermelhos versando Vladimir e Veríssimo.
Escarraram no corpo,
buscaram sentido no gesto e
em tantos feitos outros tantos corpos caem à vala.
Continuam sem direito legal a vida com
a rola e o cu a serviço da sociedade
tendo que prestar satisfações de quem comem e pra quem dão.
Aquele corpo que pede direitos
de cuidar de seu corpo sem julgamento
de vestes ou que vestes,
por onde anda e quem permite tocar.
Sobrevive respingando precisões pelo mundo
sem que se de permissão.
Não precisam.
Liberdade de viver ao respeito próprio e
ao conhecimento. Sem se culpar,
sem suicídio intelectual,
sentimental e até mesmo o banal.
Que só quer vida e deleitar da vida o que
a mesma traz a luz, toda
a beleza além da morte de um corpo.
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Agradecido por ler =^-^=