Por Dan Cilva
A vida aflorava desde a forma mais simples até as sábias entidades do vento.
Foi na primavera que o coração da jovem Yumia conhecia aquilo que destruiria o seu mundo.
Jovem, sua pele era escura como a terra e seus traços bem esculpidos pela natureza. Sua mãe, Ariana, enviara Yumia ao templo da Ordem do Explendor para receber a benção do Conselho.
Todos os jovens de Lendor, quando chegavam à uma certa idade, iam até o templo para receber a benção que abriria a percepção e a aptidão de cada um.
Yumia estava linda naquela manhã e a cerimônia, adornada de véus brancos conduzia a moça para sua Verdade.
Durante o rito, ela entraria em uma piscina, onde flutuaria deitada na agua, de olhos fechados e depois de bruços com os olhos abertos.
Ao sair da água Yumia foi recebida pelos anciãos do Conselho que proclamaram seu destino. A jovem era a nova Deusa da Chuva.
Ser um Deus em Lendor não era absurdo ou blasfemo como pode imaginar.
Muito pelo contrario, os Deuses tem a responsabilidade por manifestações de fluxo e harmonização do mundo, o cultivavam e o protegiam.
Ariana chorou de alegria e junto com seu esposo Fildor celebraram uma festa para comemorar a posse de sua filha, a nova divindade da chuva.
Foram três dias de festa, comida e alegria em abundância. Todos ali se admiravam com a beleza e graça de Yumia.
Foi na terceira noite de festa, com os raios das luas brilhando na face dos dois jovens ocultos nos fundos da grande casa que Fenrir roubou Yumia, A Deusa da Chuva.
E houve chuva aquela madrugada.